NO BURACO


Os juros estratosféricos




Os juros são o custo do dinheiro. Tem regras próprias e não obedecem a imposições. Muitas vezes a sua elevação é explicada pela elevada inadimplência, o que na verdade reduz significativamente as margens dos bancos. Por outro lado, os retornos do patrimônio líquido (ROE) desses mesmos bancos é algo incomparável dentro da economia nacional. Por exemplo, em 2017, a mediana ROE dos 4 maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander) foi de 14%. Comparando, a Selic encerrou 2017 em 7%. Ou seja, o ROE foi o dobro. Esta é a lei do mercado, que não reduzirá as suas margens se não houver uma maior concorrência. Por exemplo, esses 4 bancos concentravam quase 80% das operações de crédito ao final de 2017. Em 2007 essa concentração era de 60%, antes das fusões e incorporações de diversos bancos. Portanto, a forma de reduzir o spread bancário (diferença entre o que os bancos captam e o que emprestam) é fazendo o caminho inverso, aumentando a competitividade. Não há soluções mágicas. É só lem brar o que ocorreu na gestão Dilma que tentou baixá-los na marra, o que fez com que voltassem em maior intensidade e velocidade. A intensificação do uso de cooperativas e das “Fintechs” com o apoio da tecnologia é um dos caminhos. Aliás, um “Chinese Bank” com foco em preços baixos dos serviços bancários seria bem-vindo para o consumidor brasileiro. Resumindo, quanto menos estado e mais liberdade econômica, com muita concorrência interbancária, melhor para o consumidor.

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