PRIVILÉGIOS


( um pais dos privilégios)




Graças a tecnologia e a medicina um jovem de 60 anos pode andar de transporte público de graça independentemente da sua renda e tem vagas de estacionamento público reservadas. Certamente que todo o resto da população está pagando por esse privilégio. Também tem prioridade em uma fila bancária onde já usualmente lugares disponíveis sentados para todos. Já criaram por isto e com adequação a “prioridade da prioridade” que são as pessoas com mais de 80 anos de idade. O governo libera o pagamento do imposto de renda de pessoas acometidas por algumas doenças (mas hoje totalmente tratáveis) independentemente da renda e do valor da aposentadoria. Os funcionários públicos de alto escalão têm direito a vaga delimitada para seus carros em locais públicos. Precisamos de carimbo público dos cartórios para quase tudo que temos que tratar em nossas vidas particulares. A indústria dos cartórios arrecada cerca de 6 bilhões por ano favorecendo alguns burocratas de plantão e o próprio governo federal. Os deputados e juízes tem direito a auxílio moradia quando todos os outros mortais têm a moradia inclusa em seus salários. Deputados e senadores tem cerca de 25 assistentes e verbas de gabinete expressivas onde se paga até selos de correio. Os políticos têm foro especial no STF por crimes comuns cometidos, com elevada probabilidade de prescrição da sua pena. As aposentadorias na previdência social são (em reais): por idade=952; RGPS=1240; por contribuição=1944; teto INSS=5531; servidor executivo=7583; militares=9597; ministério público=18053; judiciário=26302; legislativo= 28547. O STF tem 60 dias de férias fora os feriados prolongados. O combate aos privilégios públicos e privados é a maior prioridade que temos paralelamente ao projeto anticorrupção iniciado pela “operação lava a jato”. Logicamente que com menos despesas necessitaremos de menos impostos, que no Brasil já representa 34% do PIB sem retorno de serviços com qualidade. Tributamos o dobro de impostos sobre o consumo comparativamente com os 35 maiores países desenvolvidos da OCDE. Eis apenas alguns exemplos de gastos públicos inadequados que são pagos na grande maioria por pessoas pobres. É o caso típico de “Robin Hood” às avessas.

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