UM ESTADO MAU


(Indefeso diante do óbvio) 

Como qualquer mortal sai de casa sem  minha carteira de habitação e pela lei de Murphy fui pego pela lei seca. Argumentei com a "autoridade" que tinha no meu celular cópia da carteira digitalizada que facilmente poderia ser confrontada  com os dados do notebook que estava em sua mesa. Imediatamente ( 10 minutos) a minha esposa trouxe a carteira até onde eu estava com a operação da lei seca. Resumo da ópera: Eu mostrei a minha habitação escaneada no meu celular, que poderia facilmente ser confrontada com o sistema do Detran, e rapidamente apresentei o documento original da carteira. Assoprei o bafômetro, o que era em tese o objetivo maior da operação, foi constatado zero de álcool, mas o fiscal, sem qualquer poder discricionário, me multou. Certamente vai contribuir com mais alguns pontos no meu combalido sistema de pontos.  Assim como o de muitos brasileiros que  perderam ou vão perder suas habitações às custas de radares de 40 e 50 kms escondidos e preparados para atacar as suas presas indefesas. Chego em casa e vejo que um motorista em São Paulo atropelou e matou uma mulher e seus dois filhos, sendo que o terceiro está em estado grave no hospital. O motorista não fugiu da cena e argumentou que o sinal estava com problemas, fato corroborado por testemunhas oculares.  Concluindo, o estado se presta a demonizar um cidadão por ter saído de casa sem a sua carteira de habilitação, mas  não consegue administrar os seus problemas operacionais, que via de regra tiram vidas.  Exemplos como este são usuais em nosso quotidiano em relação a máquina publica em geral. Nossa grande prioridade é colocar o estado em sua dimensão real, fazendo com que administre os problemas públicos de forma a ajudar o cidadão e não para colocá-lo usualmente em apuros.



JOÃO TEIXEIRA DE AZEVEDO NETO






  

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