A PODEROSA CHINA

( O GOL CONTRA )
Não há dúvida de que tratamos muito mal o nosso comércio com o resto do mundo. E podemos concluir isto através do nosso saldo da balança comercial, que é a diferença entre as nossas exportações e importações. Em 2017 o resultado da nossa balança comercial foi na ordem de 67 bilhões de dólares, um dos nossos maiores resultados nos últimos anos. Nosso PIB encerrou 2017 com 2.2 trilhões de dólares. A china por exemplo tem um PIB de 12 trilhões de dólares e uma balança comercial de 600 bilhões de dólares.  Resumindo, a nossa balança comercial é 11% da balança comercial chinesa. A relação entre o saldo da balança comercial e o PIB no Brasil é de 3%.  Na China é 5%, ou seja, a relação brasileira do saldo da balança comercial e o PIB é 40% menor que a da China.  Existem diversos motivos para explicar o nosso baixo desempenho. Baixa escolaridade, e a consequente baixa da produtividade do trabalhador brasileiro, falta de uso intensivo da tecnologia, inadequado nível de poupança nacional com reduzido nível de investimentos em decorrência da atual instabilidade política.  Basta pesquisar o tema para ver que o Brasil é um dos países mais hermeticamente fechados em termos de comércio exterior. Temos um custo brasil elevado que acarreta uma alta carga tributária, que fechou 2017 em torno de 33% do PIB, uma das maiores do planeta sem a devida reciprocidade em qualidade de serviços para a sociedade. Vemos o exemplo recente do Sul do país, mais especificamente de Joinville. Criou 5.500 empregos em 2017, lastreado em uma produção industrial voltada em cadeia de suprimentos para a exportação. Por outro lado, o nosso Rio de Janeiro conseguiu destruir 60.000 empregos formais.  Seguramente por falta de visão estratégica, principalmente pelo mau uso dos royalties do petróleo durante os “anos dourados”.  Fazendo o devido desconto, pela ordem de grandeza geográfica, vemos Joinville investindo em transporte, alimentação, indústria automobilista, comercio e saúde. Passou os últimos anos longe da crise brasileira apostando firmemente em exportações.  Por falta de visão estratégica, e por uma visão comercial míope, nos fechamos usualmente dentro do mercado interno e criamos barreiras para a importação de produtos de outros países.  Como no futebol, cuidando extremamente da defesa acabamos não atacando e fazendo o gol, como é o objetivo do jogo.  Ao contrário teimamos em fazer gol contra. Os países mais desenvolvidos do planeta apostaram e continuam a apostar no aumento da relação exportação/importação fazendo uma gestão estratégica balanceada no crescimento dessas duas variáveis. Resumo da ópera, só com muito foco em educação, inclusão digital, inteligência, trabalho e dedicação conseguiremos crescer em ritmo de “chinese Brothers”. Caso contrário, só nos resta ficar lamentando.


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