O BOM SENSO DO MERCADO
(O aumento do juízes do STF)
As empresas no mercado trabalham
com uma referência muito clara em termos de salário e remuneração. Consideram o
valor da mediana (ou média) do mercado como balizador de pagamento da sua estrutura
organizacional. Cria uma faixa entre o menor e o maior valor (usualmente entre
50%) e administra no tempo em função de avaliação de desempenho e resultados de
cada colaborador. Consolidei um estudo
recente e postei sobre a remuneração dos juízes. Se comparada com a remuneração
de um executivo do mercado com funções análogas em termos de conhecimento, complexidade
e reponsabilidade (financeira e por pessoas) teríamos que a remuneração de
um juiz em média é superior em 22%, considerando toda a remuneração, inclusive auxílio-moradia.
Esta assertiva pode facilmente ser
constatada por Consultorias idôneas no mercado (Hay, Mercer, Towers, Michael Page...).
Elas poderiam inclusive dar este testemunho para balizar a atrocidade que será
cometida pelo congresso aprovando um reajuste de mais 16 %, aprovado pelo próprio
STF, sobre uma remuneração que já é 22% acima do mercado. Argumentar que os
juízes não têm aumento desde 2015 é olhar para o passado sem se fixar no
presente. Além do berro, não vejo nenhuma voz se levantar sobre a proposta de
forma coerente e racional para impedir que isto ocorra. Num orçamento já combalido
estima-se que o aumento dos juízes represente um impacto de quase 800 milhões
anuais por conta dos salários irracionalmente linkados ao reajuste do salário dos juízes do STF.
Fonte:https://blogs.oglobo.globo.com/bernardo-mello-franco/post/o-espirito-de-luislinda-baixou-no-stf.html
Fonte: A remuneração do juiz e do executivo
JOÃO TEIXEIRA DE AZEVEDO NETO
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