MAOMÉ E A MONTANHA
(os dois caminhos possíveis)
Existem
dois caminhos para a montanha. O primeiro, mais fácil de acreditar, é que
termos um grande pai protetor chamado “Estado “que vai atender (ou pelo menos
deveria) todas as nossas necessidades e demandas. Como se houvesse um pastor
que com a sua mão mágica nos guiasse até o cume. Alguns acham que nesse caminho
vale tudo. Desde promessas mirabolantes até ações de força para atingir o
objetivo base. Nesta hipótese entrega-se a alma a Deus (ou ao diabo) e espera
que tudo aconteça como previsto pelo Messias. Com isto, fica sempre mais fácil explicar
o fracasso, porque se ele acontece tudo é sempre culpa do outro. Nessa situação encontram-se os
seguidores mais veementes da esquerda e/ou da direita festiva. Nesse mundo, os
adeptos acreditam que o mundo é bipolar. Ou você está de um lado ou é um inimigo
e, portanto, está do outro lado. Nesse vale tudo; coisas extremadas ocorrem, mas
o que vale é a promessa do paraíso.
O
outro caminho é muito mais difícil de percorrer. Nele você é o responsável pelo
seu destino e com isto não pode colocar a culpa em outros pelos seus erros e/ou
fracassos. Parece muitas vezes que você está sem destino e, via de regra,
precisa alterá-lo frequente e seguidamente. Em compensação você se sente mais
livre, porque também se sente dono do seu próprio destino. Ele exige muitíssimo
mais porque requer conhecimento e educação, onde na maioria dos países
isto é mais uma exceção do que regra. O Brasil apresenta baixos níveis de
escolaridade e (muito pior) quando existe deixa a desejar em qualidade. Não por
acaso, apesar de um PIB que sempre se coloca entre os maiores do mundo, tem uma
renda per capita próxima a um salário mínimo. Portanto temos uma cara e um perfil de país
com muitas necessidades de crescimento e desenvolvimento. Utópico imaginar que a grande maioria da nossa
população possa enxergar estes dois caminhos e fazer a sua opção pelo melhor.
Não há saída se não for pela educação (e das boas com muita qualidade) para o
Brasil. Foi assim que a maioria dos países
asiáticos, que tinham renda igual ou menor do que a nossa na década de
setenta progrediram e nos colocaram no chinelo.
Como
no provérbio: Se Maomé não vai até a montanha , a montanha vai até Maomé. Parafraseando, se o
cidadão não vai à educação a educação tem que ir obrigatoriamente até ele. Não é
com varinha mágica e Messias de plantão que vamos resolver os nossos problemas.
Segurança, saúde, bem-estar e qualidade de vida dependem rigorosamente de uma
boa educação e também saber abrir as portas para o mundo desenvolvido e aprender a crescer com ele . Sem isto não chegaremos ao cume da montanha, jamais. Não precisa
inventar é só copiar quem teve sucesso usando a mesma fórmula.
A fórmula do sucesso :
JOÃO TEIXEIRA DE AZEVEDO NETO
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