O COBRADOR
(a negociação de uma dívida)
O Bradesco acaba de comprar a RCB
uma empresa de recuperação de créditos. São recebíveis com baixa em seus
balanços que são vendidos a empresas terceirizadas que fazem a cobrança. O fato
é que esses créditos duvidosos são vendidos
a 2% do valor de face pelos bancos para essas empresas. Portanto, por
exemplo, se essas empresas conseguirem 4% do devedor o retorno é nada mais do
que 100% do valor. O ITAU já fez a mesma coisa comprando a Recovery.
Os grandes bancos já viram que
vale a pena administrar esse negócio ao invés de terceirizá-lo. Basta apenas contratar
um batalhão de caras de pau (com pouca escolaridade, salário baixo e disposto a ouvir desaforo) para fazer
a cobrança em um “call center” e infernizar a vida do devedor o dia inteiro.
Como estamos falando de um negócio,
cabe então lembrar aos que tem dívida e que, portanto, são cobrados insistentemente,
qual é a sua margem de negociação. Quando a proposta é de negociar a dívida (por
exemplo) por 15% do valor de face o negócio está trazendo um retorno de 650%
para o cobrador da dívida. Você conhece outro negócio com esta margem de retorno?
Como os bancos acreditam que “não
há mal que sempre dure e bem que nunca acabe” dias melhores virão e os clientes
preferenciais do Serasa e do SPC correrão para liquidar os seus débitos. Eles
estão apostando nisto.
Fonte: https://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,bradesco-adquire-65-da-rcb-investimentos-de-recuperacao-de-credito,70002528935
JOÃO TEIXEIRA DE AZEVEDO NETO
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