NEGOCIAÇÃO INOPORTUNA
No momento
em que a reforma da previdência precisa ser negociada com o Congresso o
governo apresenta a sua versão de reforma para os militares. Ontem vimos comparativamente o esforço bem menor dos
militares( ver fonte abaixo). Agora ficou muito pior pois aproveita-se o
momento (totalmente inoportuno) para se falar da reforma da carreira dos
militares. Uma economia inicial prevista em 97 bilhões(em dez anos) caiu para
10 bilhões. Ou seja, precisam gastar 87 bilhões com a carreira dos militares.
Quem disse que isto é prioritário no Brasil no momento? Com 12 milhões de desempregados pede-se o
esforço de muitos desses que sequer vão se aposentar. Argumentam dois fatos:
O primeiro de que os militares estão sendo mal
pagos, levando em conta o salário de alguns servidores públicos excessivamente
remunerados, acima de 20 mil reais. Deveriam levar em consideração o salario
médio do brasileiro de 1400 reais e assim estariam mais felizes. A única forma
de resolver isto é fazer um plano estruturado para toda a carreira pública,
levando em conta as responsabilidades econômicas e por pessoas, complexidade da
função e o nível de conhecimento requerido. É assim que as melhores práticas de
gestão recomendam e é feito no mercado. Temos ótimas Consultorias privadas que
poderiam fazer esse projeto com excelência.
Com isto identificaríamos quem realmente ganha de forma inadequada para
fazer um plano de correção gradativo.
A segunda
colocação é quanto a carreira militar ser "diferenciada"
totalmente diferente da do civil. Que a façamos igual, que tenha FGTS,
férias....mas também (e principalmente ) uma aposentadoria nos mesmos moldes de
um civil, que tem seu valor limitado à
5800 reais. Na carreira militar paga-se o ultimo soldo sem qualquer
limitação. Por isso o valor médio das
aposentadorias do civis é de 1400 reais enquanto a dos militares 14000
reais. E o tesouro nacional aporta 6 mil reais per capita para cada segurado civil. Por outro lado aporta 120 mil para cada militar. Esta é de fato a grande diferença
entre a aposentadoria dos civis e dos militares. Portanto não consigo ver diferença entre os civis e militares. Ambos deveriam ser tratados
igualmente sob o ponto de vista das "relações do trabalho". Enquanto
considerarmos que algumas categorias são diferente de outras, com emoção
patriótica e e sem um racional
convincente, perpetuaremos essa "grande inequidade nacional".
JOÃO
TEIXEIRA DE AZEVEDO NETO
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